Buenos Aires


"Eu estava e sempre (e estarei) em Buenos Aires." Palavra de Jorge Luis Borges. E palavra justa: Buenos Aires tem algo de eterno. Parece que já estava dentro da gente quando a pisamos pela primeira vez. Parece que vai conosco quando partimos. Dizem que vizinho é tudo igual. Briga por causa do muro, por causa da bola que caiu no quintal. E ainda sempre acha que a grama do outro é mais verde. Nossa vizinha Buenos Aires não é diferente. Nós temos samba, ela tem tango. Nós temos Pelé, ela tem Maradona. Nós temos Caetano, ela tem Fito Paez. Nós temos Machado de Assis, ela tem Jorge Luis Borges. Nós temos feijoada, ela tem bife de chourizo. Nós temos broa de milho, ela tem alfajor. Nós temos o Amazonas, ela tem o Rio da Prata. Nós temos praias maravilhosas, ela tem classe. E não podemos negar: ela tem um povo que adora vir pra cá e vice-versa.

Que tal passar um final de semana em Bs As? Com certeza será pouco para desfrutar todas as maravilhas que a cidade oferece. Mas é possivel conhecer muita coisa e e voltar apaixonado por esta cidade tão bela, com sua amplidão plana, suas largas avenidas bem-cuidadas (a cidade é muito limpa!), seus monumentos históricos, seus sobrados centenários cheios de segredos, seus inúmeros parques, cafés e teatros, que é um prato cheio para turistas do mundo todo. Sem falar nas livrarias.

Desvendar Buenos Aires é delicioso e simples. Cada bairro tem peculiaridades, segredos e especialidades. É praticamente impossivel ter um favorito, todos são lindos. Uma das coisas que me chamou a atenção foram as flores. Em cada esquina das principais ruas da cidade, há uma banca repleta de todas as flores que possa imaginar. Dá vontade de comprar um buquê e levar para o hotel. Buenos Aires é tão européia que, se você estiver marcando bobeira de costas para um caixa eletrônico cuja existência você nem notou, fatalmente alguém irá perguntar se você está na fila. O visual à noite das construções junto com a iluminação âmbar é um charme. Realmente parece que você está na Europa. Quem for à BsAs pode se preparar para caminhar. Nada melhor do que as caminhadas para conhecer as surpresas que a cidade oferece. A dica é colocar uma roupa leve e um tênis confortável no pé, mesmo assim pode rolar uma dor imensa nas pernas no final do dia. A dica é aguentar firme porque vale a pena.


Mas também é possível conhecer os lugares de táxi. E o melhor de tudo é que os táxis funcionam bem e são baratíssimos, dá pra cruzar a cidade sem medo. Ou com um um pouquinho de "medo" dos motoristas que com a mão no volante, revelam o seu lado mais guapo. Corre, costura, quase atropela pedestres. Sem falar que a maioria não são lá muito simpáticos. Talvez tenha sido esse gosto por costurar que fez Buenos Aires ter a avenida mais larga do mundo, a 9 de Julho, com 140 metros de largura e dez pistas para motoristas enlouquecidos. Vale lembrar que há sempre alguma manifestação popular pelas ruas e é bem provável que você tenha que descer do carro e ir caminhando para aproveitar melhor o tempo na cidade.



Na nossa ida a Buenos Aires, em Outubro passado, deu pra fazer muita coisa bacana. Uma das coisas legais que estava rolando foi um evento cultural chamado: "Noite dos Museus", em que 53 museus da capital abriram suas portas das 19h às 2h da manhã, com entrada gratuita e oferecendo, além de visitas monitoradas, atividades paralelas como shows, oficinas e encontros variados. Iniciativa muito legal. É como se existisse na cidade um movimento contínuo, um calendário extenso de mostras, filmes, festivais, realizados tanto pelos órgãos oficiais da cultura, quanto pelos produtores independentes. A Secretaria de Cultura de Buenos Aires tem programas diversos, desde iniciativas voltadas para a chamada “cultura de bairro” até grandes ações, como exposições de arte, mostras de teatro e filmes. Quer dizer, qualquer que seja a época do ano que você visitar a cidade, pode apostar que vai estar rolando algum evento legal. Como as caminhadas do dia tinham nos deixado exaustos, só conseguimos visitar 2 dos 53 locais: o Banco Nacional da Argentina, que fica ao lado da Casa Rosada e um prédio, do outro lado da Plaza Del Mayo, que não recordo o nome, mas que também estava no nosso caminho de volta ao Hotel. Adorei! Conhecemos esses dois lugares maravilhosos, que na certa não entraríamos durante o dia, ficamos um pouco mais por dentro da cultura portenha e ainda ganhamos vários brindes!!!! Sem falar que durante toda a noite havia ônibus especiais para que o público pudesse percorrer as diferentes sedes.

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